A bela está sempre desnudada, porém raramente nua. Isso porque o gênero pin-up, também chamado “cheesecake” (bolo de queijo), é fundamentalmente pudico. Os homens permanecem fora do cenário; as partes genitais ficam escondidas e o ato sexual é apenas sugerido, nunca consumido. O que explica o porquê do atual desvalimento da pin-up, considerada como obsoleta nesses tempos de licença sexual: daqui para frente, ela que conheceu sua hora de glória nos anos 1930-1950, nos Estados Unidos e no resto do mundo, está se vendo relegada às páginas especiais da revista “Playboy”, ao calendário da Pirelli e à “página 3″ dos tablóides britânicos.
Cada época, portanto, fabricou uma pin-up que corresponde às suas próprias aspirações: ora uma deusa agressiva e conquistadora, ora um objeto sexual descerebrado.
A idade de ouro da pin-up tem início durante os anos 30, com dois desenhistas que se tornaram clássicos do “cheesecake”: George Petty e Alberto Vargas, fazendo o sucesso da revista americana “Esquire”. Logo no seu primeiro número, em 1930, esta publicação masculina de alto padrão enfia nos intervalos das suas páginas de política e literatura uma “Petty Girl”: no começo, inteiramente vestida, ela irá se desfazer das suas pétalas no decorrer dos anos, antes de inaugurar, em 1939, o primeiro “caderno central de três páginas”, que deve ser desdobrado e destacado.
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